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Apoio psicossocial em Cabo Delgado

agosto 25, 2020

Duas freiras, diz o noticiário, uma é a nossa irmã Maria Aparecida Ramos, Cida, estão a coordenar um grupo de voluntários para prestar assistência psicológica aos deslocados pelos atentados terroristas nesta região do norte de Moçambique.

Segundo o Vaticano News com base em uma entrevista com Cida (ouça aqui), há um total de 25 ativistas que estão ajudando as mais de 200 pessoas que foram forçadas a deixar suas casas após o agravamento deste conflito que teve origem em 2017 Nas próximas semanas, mais voluntários serão treinados para levar ajuda psicossocial a outros distritos.

“O trabalho consiste basicamente em trabalhar com eles a questão do luto, das perdas, da reorganização interna de suas emoções diante da crise vivida”, explica na entrevista a Cida. Fazem-no em pequenos grupos, a fim de respeitar as medidas de saúde face à pandemia COVID-19.

A Igreja Católica, através da Cáritas, está a promover esta ajuda aos deslocados que foram afectados pela violência vivida no contexto da insurgência em Cabo Delgado. “Essas pessoas não precisam apenas de comida. Suas feridas e suas histórias precisam ser ouvidas , afirmou D. Luiz Fernando Lisboa, Bispo de Pemba.

Preocupação em Roma

O Vaticano está acompanhando de perto o que está acontecendo nesta região do norte de Moçambique. Na semana passada, o Papa chamou o Bispo de Pemba para transmitir sua proximidade e preocupação com o enfraquecimento da situação humanitária (leia mais).

Além disso, neste domingo durante o Angelus, Francisco pediu que “rezemos por estes nossos irmãos e irmãs, e também apoiamos com oração e solidariedade aqueles – e são muitos – que ainda hoje são perseguidos por causa de sua fé religiosa. Muitos”. (leia as notícias aqui)

As Filhas de Jesus conhecem bem as nossas irmãs. Quatro HH. As Carmelitas Teresas de San José vivem connosco em Metoro desde que Macomía, a aldeia onde viviam, foi atacada. Também estamos em contato com o D. Luiz. Damos um ao outro tanto apoio quanto possível em uma situação tão difícil.

Unimo-nos ao Papa e a toda a Igreja na oração por todos aqueles que sofrem atos de violência com base na religião e nas suas crenças, tanto nesta região de Moçambique como no resto do mundo.

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