Resumo da catequese
Continuamos a refletir sobre o tema do discernimento. Para discernir, é importante, para além da oração, que nos conheçamos a nós próprios. Conhecermo-nos a nós próprios – a nossa personalidade, os nossos desejos mais profundos – pode ser cansativo. Mas, mesmo que seja difícil, o facto de parar e ir mais fundo no que fazemos, sentimos e pensamos ajuda-nos a tomar consciência de tudo o que nos condiciona e limita a nossa liberdade de dar a vida por Cristo e, assim, sermos verdadeiramente felizes.
Um instrumento muito valioso para nos conhecermos a nós próprios é o exame de consciência diário. Ver o que me passou pelo coração nesse dia. Este bom hábito consiste em reler com calma tudo o que vivemos durante o dia, reconhecer o que nos seduz e nos engana, e distingui-lo do que é realmente importante e bom para nós. Este trabalho interior paciente ajuda-nos a integrar todas as dimensões da nossa vida e a viver autenticamente na presença de Deus.
Na vida da Madre Cândida
Será que a Madre Cândida se conhecia a si própria? Parece que sim, e que, por vezes, esse conhecimento a fez duvidar de si própria e do trabalho que Deus tinha colocado nas suas mãos. Talvez seja por isso que ele escuta Deus num retiro espiritual:
Não gosto que passes o tempo a pensar que és pobre e que não vais conseguir progredir, o quê? Não sabia eu que não tinhas riquezas e bens deste mundo? Sim, eu sabia e sei quem escolhi e porque escolhi. Aquele que vos deu o desejo dar-vos-á o poder e a graça, se fordes fiéis ao meu chamamento, e eles sentirão que a obra é minha e não dos homens.
P. 95 de “Onde Deus te chama”.
Conhece-se a si próprio? Está a trabalhar para se conhecer melhor a si próprio? O que é que diz a Deus sobre si próprio? E, mais importante ainda, o que é que Deus lhe diz? Onde é que o seu caminho de crescimento o leva? Pedir hoje a Jesus: “Senhor, que eu me conheça como tu me conheces”.