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A desolação – #9for9FI

agosto 4, 2023

Resumo da catequese

Neste ciclo de catequeses dedicado ao discernimento, reflectimos hoje sobre a desolação. Tudo o que fazemos tem uma conotação afectiva, e é necessário reconhecer – isto é, discernir o que “mexe” dentro de nós, porque Deus fala ao coração. Quando os movimentos interiores se caracterizam pela agitação, tristeza e tentações; quando sentimos que estamos a perder a esperança e a afastar-nos de Deus, estamos a viver a desolação.

Ninguém gostaria de ter de passar por estes momentos de escuridão, mas eles acontecem a todos nós, fazem parte da viagem. E se soubermos “lê-los”, rezá-los e confrontá-los com um guia espiritual que nos acompanhe, eles podem ajudar-nos a amadurecer e a enfrentar a vida de uma forma diferente, mais “enraizada e firme na fé”. Os momentos de desolação também têm algo importante a dizer-nos.

Os remorso como uma oportunidade para mudar de vida.

A tristeza desperta a atenção para um possível perigo, ou para um bem negligenciado. Compreendero que esta tristeza significa para mim hoje.

Por outro lado, para aqueles que têm o desejo de alcançar o bem do bem a tristeza é um obstáculo com que o tentador nos quer desencorajar. Nesse caso, deve ser feito exatamente o contrário do que é sugerido.

Nenhum teste será superior ao que podemos fazer. Mas não fujam das provações: vejam o que elas significam para nós. A desolação é também um convite à gratuidade.

É também importante, quando chega a provação, “não se mexer”, não mudar, ou seja, permanecer fortemente unido ao Senhor e não se desviar do caminho que nos conduz a Ele. Desta forma, com a graça de Deus, podemos fortalecer-nos e continuar a viver em maior paz e liberdade.

Na vida da Madre Cândida

Naturalmente, M. Cândida experimentou a desolação. Não é raro que ela leia o desânimo e as dificuldades como uma manobra do espírito maligno para a desencorajar de cumprir o que ela considera ser a vontade de Deus. Todos nos lembramos do episódio da fundação do colégio de Tolosa, e não menos conhecida foi a tentação quando estavam a fundar o colégio de Medina del Campo. O diálogo com a mãe María Igarategui foi esclarecedor:

– Rma. Mãe, vamos embora daqui, porque ele não consegue resistir.

– Mãe Maria, é o inimigo que quer perturbar tudo. Ele não quereria outra coisa senão que deixássemos o projeto e fôssemos embora. Não é um sinal de que esta fundação, que é apresentada com tantos trabalhos, é para a glória de Deus e para a salvação das almas? Ver-se-á, com o tempo, como esta fundação de São José de Medina del Campo será agradável para Jesus e Maria.

“Onde Deus te chama” por María del Carmen de Frías P. 225

E tu?

Quais são as suas desolações recorrentes? O que é que faz com eles? Como e com quem os lê? O que é que elas lhe ensinam sobre si próprio, sobre o Senhor e sobre o modo de vida?

Leia e ouça a catequese completa aqui: Desolação e Porque estamos desolados?

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