Nossa Experiência na Comunidade de Povos Indígenas (PI)
Por Francis Esmetalda, membro da Equipe Provincial de Apostolado Social (AS)
“Nosso desafio… deve ser manter, servir e dar esperança a nosso mundo, especialmente à humanidade que sofre”. Nesta frase da explicação do ícone do Apostolado Social (AS) ressoam minha experiência pessoal e minha reflexão durante a visitação feita por membros das Equipes Provincial e Regionais de AS.
Para responder ao chamado de animar o Apostolado Social (AS) como uma chave que deve impregnar nossa vida, a Província Filhas de Jesus-Índico-Pacífico organizou uma visitação conjunta da Equipe Provincial de ASV e Núcleos Regionais nos dia 10 e 11 de agosto de 2018 em Brgy. Tina, Hamtic, Antique. Juntamente com Irmã Georgita P. Hormillosa, FI, éramos doze no grupo composto por 3 pessoas de Metro Manila, 2 de Panay-Guimaras, 3 de Cebú e 4 de Mindanao. Os participantes da visitação conjunta foram muito bem recebidos pelas irmãs FI e pelo pessoal do Colégio das Filhas de Jesus em 9 de agosto de 2018, festa de Santa Cândida. À tarde deste dia Ir. Gette orientou nosso grupo sobre os preparativos finais (empacotar alimentos, etc.)
Saímos bem cedo na manhã chuvosa de 10 de agosto. Ao chegar a Hamtic, nos informaram sobre o único meio de transporte que nos poderia levar a Brgy. Tina passou por “habal-habal” (motocicleta). Este foi o primeiro desafio que tivemos que enfrentar para ir à área de visitação. Ao mesmo tempo, foi para nós uma oportunidade para experimentar de perto a vida da comunidade de IP. Graças a Deus nosso grupo chegou são e salvo na Escola Primária Tina onde fomos recebidos calorosamente pelo diretor, professores, estudantes, alguns funcionários de barangay e as famílias anfitriãs. Depois de um breve programa e do almoço fomos apresentados às nossas famílias anfitriãs.
A breve estadia com elas permitiu-nos vislumbrar suas vidas simples: seus meios de sobrevivência, sua família e vida comunitária, seus sonhos. Pudemos ajudar a preparar a comida da mesma forma como faziam os membros da família, cuidar das crianças e idosos, cuidar da tenda de “sari-sari”, atender os animais domesticados, e outras tarefas. Nossa experiência permitiu ver tanto a pobreza que a comunidade está experimentando como a presença de vários sinais de esperança. Apesar das dificuldades, mantém firmemente seu amor pela família, esforçam-se para melhorar a qualidade de vida, e dão muita importância à educação como um meio para que seus filhos tenham um futuro melhor.
No dia seguinte fizemos a partilha, o processamento das experiências, e a reflexão sobre o que vivenciamos. Foi, para nós, um momento de tomar consciência de algumas atitudes como: aumentar a sensibilidade na forma de nos relacionarmos com os demais, diminuir a obsessão pela ordem e limpeza, ser mais abertos às realidades que se nos apresentam, ter uma compreensão mais profunda do AS). Também é hora de confrontar as próprias atitudes que nos fazem resistentes à experiência, e ao AS.
Quando terminamos nossa visitação e voltamos às realidades de nossas respectivas escolas e centros, trouxemos o desafio de viver verdadeiramente o AS em nossa vida cotidiana, e de influenciar outros para que façam o mesmo. Como nos disse Ir. Gette na orientação que nos deu: “aos que têm fome deem justiça, e aos que não, fome de justiça”.