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Fé e Alegria: educamos nas fronteiras

outubro 9, 2018

Com este lema acabamos de celebrar,  de 28 a 30 de Setembro, na Casa de São José, El Escorial, o XLVII Congresso da Federação Internacional de Fé e Alegria com Entreculturas de Espanha,  como país anfitrião.  Participaram 22 países de América Latina,  África e Europa, onde estamos presentes.

Em 2004 acolhemos outro Congresso, mas, nesses 14 anos este Movimento de Educação Popular cresceu notadamente em muitos outros países, e em número de pessoas atendidas.

Sexta feira foi o dia dedicado aos jovens, através da Rede Solidária dos mesmos do grupo chamado Geração 21;  fizeram um ato de rua no Bairro de Ventilha, e terminaram plantando uma árvore no bairro urbano da Avda. de Astúrias.

Sábado Arturo Sosa,  superior geral da Companhia de Jesus, abriu o Congresso e deixou uma mensagem profunda e significativa para Fé e Alegria da qual continuaremos bebendo, porque nos revitalizará.

 “Fé e Alegria é também um grande desafio e uma enorme responsabilidade compartilhada. Sua história e identidade a impulsionam a não se deter, e aceitar o desafio de ir além de suas próprias conquistas, porque sabe que o muito que se fez é pouco em relação ao quem ainda se pode fazer para continuar abrindo  oportunidades de educação de qualidade aos milhões de jovens que ainda não a têm. José María Vélaz sempre atreveu-se a mais”, disse-nos Arturo.

Depois, outros companheiros  e companheiras de nosso país e de fora, foram se acercando às diversas fronteiras:  existenciais,  geográficas, de gênero, digitais,  intergeracionais,  ecológicas… sem nos esquecermos das fronteiras interiores, do silêncio e da reflexão,  de passar do individualismo à solidariedade e da superficialidade à profundidade, até escutar o silêncio.

A Eucaristia do sábado à tarde nos possibilitou continuar agradecendo e oferecendo tudo o que fomos vivendo, e o caminho que se abre para nós a partir de agora com um impulso renovado.  Domingo pela manhã, em grupos, recolhemos as ideias-força deste Congresso, e o broche final foi a presença de um grupo de jovens da Escola de Música,  de Salamanca,  que com seus sons e cantos nos fizeram próxima a África.  

Na segunda-feira teve lugar no Palácio de Cibeles,  em Madri,  um ato institucional relacionado ao lema, com relevantes figuras de diversos campos de nossa sociedade que foram convergindo em prosseguir apostando pelo direito à educação, como primeiro direito para que outros mais sejam conquistados em favor de todas as pessoas.

Não faltou a noite de festa, iniciada pelo Gran Chiky,  um mago que provocou muitas risadas e admiração por suas brincadeiras, e em seguida animado baile, onde eram compartilhados produtos dos diversos lugares, e no qual expressávamos a alegria do reencontro em Fé e Alegria como grande família.

Em minha opinião este Congresso, – e já participei de vários -, marcou um ponto de inflexão, atrevo-me a dizer,  na Federação Internacional e em especial a Entreculturas; foi muito grande o trabalho para preparar e organizar tudo, porém,  valeu a pena.  Os diferentes olhares de dentro e de fora sobre Fé e Alegria abriram horizontes amplos a nos confirmar no sentido e missão deste Movimento de Educação Popular,  a missão de Jesus,  como também nos recordou Arturo.

Foi um Congresso altamente mediático sustentado por nossas equipes de comunicação com a insuperável ajuda em todo momento dos informáticos presentes; desfrutamos da sabedoria de muitos companheiros e companheiras  com o frescor e a energia vital dos jovens,  tivemos momentos e mensagens de densidade intelectual, e visitamos o futuro com a audácia do P. Vélaz sj.

 

Deus nos chama desde as fronteiras e nos convida a prosseguir sonhando, comprometidas com a sociedade,  na contínua tensão local-global para continuar dando nossa colaboração ao sonho de José María Vélaz sj  que é o sonho de Deus Pai e Mãe: construir um mundo mais habitável para todos os seres humanos.

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