Graciela Francovig,Superiora Geral, partilha na sua carta n.º 27 algumas das suas impressões sobre a visita canônica à região do Brasil:
Estive no Brasil muitas vezes, em reuniões convocadas na América Latina e Caribe, mas os meus conhecimentos não foram além de Belo Horizonte, portanto, posso dizer que se tratava de uma realidade desconhecida. A primeira sensação que tive ao chegar foi de uma “calorosa acolhida”. O país é acolhedor, é a maneira de ser do seu povo, e nós também somos, Filhas de Jesus. Este acolhimento tem o sabor da alegria, da fraternidade expressa de mil maneiras, da celebração e da festividade.
Tive a oportunidade de estar presente na assembleia da região no início da visita. E lá descobri o “movimento” que existe na região. Eles iniciaram um processo de discernimento para adequar as forças atuais com as presenças que temos hoje. Eles mesmos dizem que a época da pandemia a incentivou. Eles estão no processo. Eles tentam descobrir como o Senhor nos quer hoje. O governo provincial e as superioras tentam nos ajudar em tudo para sermos boas, em formação, para não perdermos o ânimo, para nos perguntarmos como continuar a ser Filhas de Jesus no Brasil,para cuidarmos da nossa maneira de proceder…. E a grande questão que todos nós colocamos é como crescer diminuindo:como nos ajudar a aceitar a diminuição e o envelhecimento como uma graça?
Como poderíamos não nos lembrar da Madre Cândida e do seu primeiro envio missionário para além da Espanha! Também aqui, as raízes fundacionais podem ser percebidas. As escolas centenárias de Mogi Mirim ou Bragança Paulista evocam estas raízes assim que se olha para elas.
A vitalidade da presença no Nordeste, como mostra o trabalho com os jovens, nos desafia a pensar em novas comunidades onde “há espaço para sonhar com uma nova forma de vida religiosa, especialmente no Brasil”.
