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Carta 39 do Superior Geral – Sínodo e CG XIX

nov 1, 2024 | Governo geral, Hijas de Jesús, Notícias

À medida que outubro se aproxima do fim, nossa Superiora Geral, Graciela Francovig, escreveu-nos uma nova carta na qual aborda vários tópicos que descreveremos em diferentes publicações.

Hoje retomamos o eco deixado pela celebração do Sínodo da Sinodalidade e as perguntas que surgem depois de escutar a homilia do Papa Francisco. Elas são dirigidas às Filhas de Jesus neste momento de preparação para a Congregação Geral e para as próximas Congregações Provinciais, mas é uma reflexão válida para qualquer cristão que queira fazer um caminho de fé.

Estamos chegando ao fim de um mês rico em experiências eclesiais. O Sínodo sobre Sinodalidade acabou de ser concluído em Roma, e nós o acompanhamos com nossas orações e acompanhamento. Somos gratos pelo trabalho árduo que foi realizado. Várias irmãs do governo e da comunidade participaram da Eucaristia de encerramento. A homilia do Papa Francisco foi muito oportuna, tomando o Evangelho de domingo e referindo-o a este momento eclesial.

“A primeira coisa que o Evangelho nos diz sobre Bartimeu é o seguinte: ele está sentado pedindo esmolas. Sua postura é típica de uma pessoa fechada em sua própria dor, sentada à beira da estrada como se não tivesse mais nada a fazer a não ser esperar por algo dos muitos peregrinos que passavam pela cidade de Jericó por ocasião da Páscoa. Mas, como sabemos, para viver de verdade não podemos ficar parados: viver é sempre se mover, caminhar, sonhar, fazer planos, estar aberto ao futuro. O cego Bartimeu, portanto, também representa aquela cegueira interior que nos bloqueia, que nos faz ficar parados, imóveis à margem da vida, sem esperança” [1] [1].[1].

Essas expressões do Papa Francisco me fizeram pensar em nós e no tempo congregacional em que vivemos. Com que postura me coloco diante de uma Congregação geral ou provincial? É possível que nos encontremos como esse cego “sentado” em nossa própria dor, desespero e desencanto? Que dinâmica de movimento percebo em mim, em minha comunidade, na Congregação? Que graças e que conversões devo pedir ao Senhor para ser essa mulher livre que deseja caminhar simplesmente com suas irmãs e com os outros, sem estar fechada em si mesma, mas aberta às dores do mundo, para anunciar, ajudar, buscar a vida para os outros?

Deixemos que o Senhor nos inspire nos novos caminhos que ele nos convida a descobrir e a trilhar juntos. Somente Ele é a nossa esperança … “… Ele nos chama para uma amizade preciosa feita de diálogo, afeição, confiança e adoração. Esse Cristo com seu coração trespassado e ardente é o mesmo Cristo que nasceu em Belém por amor, o mesmo Cristo que andou pela Galileia curando, acariciando, derramando misericórdia, o mesmo Cristo que nos amou até o fim, abrindo os braços na cruz. Em suma, ele é o mesmo que ressuscitou e vive gloriosamente em nosso meio.” [2]


[1] Homilia do Papa Francisco. Encerramento do Sínodo sobre a sinodalidade. 27 de outubro de 2024

[2] Papa Francisco. Carta Encíclica. Dilexit nos, 51.