loader image

Rumo a uma conversa sinodal – Sínodo de março de 2024

março 7, 2024

Manter vivo o dinamismo eclesial é um dos pontos oferecidos e lembrados no documento da Secretaria Geral do Sínodo sob o título RUMO A OUTUBRO DE 2024. Precisamos dessa conversão pessoal e institucional para iluminar essa igreja sinodal. O período da Quaresma é um bom momento para isso.

Por que isso é recomendado para nós? Porque, como sabemos, há muitas vozes críticas com relação à sinodalidade. É preciso dizer que isso não é uma moda passageira, algo inventado agora, mas tem sua origem no Concílio Vaticano II e é a resposta de Deus para o terceiro milênio. E é o Espírito que está guiando essa renovação na igreja. O alicerce da igreja não será alterado, mas a maneira de ser e estar, de viver, a eclesialidade será alterada.

Poderíamos definir sinodalidade com duas palavras: ouvir e discernir. E a escuta é para todo o povo de Deus, porque todos nós fomos convidados para esse processo sinodal. Da mesma forma, o discernimento precisa das várias luzes, sugestões e propostas; e, se eu me abstiver de participar, estarei diminuindo meus dons para o todo. O Corpo é um só, como nos lembra São Paulo, mas tem muitos membros, todos distintos e todos necessários.

Abrir a porta para ouvir e discernir O Espírito fala pela boca de jovens e idosos, de mulheres e homens, de todas as raças, idiomas e culturas; nossa Igreja é universal, não pode fechar portas e marcar fronteiras, mas sim derrubando muros e construindo pontes.

E, nessa abertura, um convite muito especial para que homens e mulheres leigos reavivem essa vocação cuja dignidade vem do batismo. E, a partir daí, criar uma Igreja de comunhão, não de confronto entre grupos ou tendências, nem de divisão, porque somos chamados a construir uma comunidade de comunidades cada vez mais semelhante ao que o Senhor sonha.

É uma ocasião muito propícia para voltarmos nossos olhos para o Senhor, o verdadeiro alicerce de nossa igreja sinodal. Não podemos separar as duas realidades: Jesus e sua Igreja. Esse processo sinodal pode e deve ser uma ocasião para renovar nossa fé no Senhor e adotar o Evangelho como um programa de vida com mais vigor. E, sob essa luz, não perder de vista os sinais dos tempos, estar atento às mudanças de hoje.

Em vários níveis, eles são Preparação de espaços e palcos que estão apontando o caminho em direção a outubro de 2024, porque precisamos preparar as ferramentas que nos permitirão abordar as questões na próxima assembleia sinodal: há novos consultores e consultorias para colaborar na secretaria geral do Sínodo; o Papa também vai nomear grupos de especialistas que eles possam abordar as questões que estão pedindo concretude na vida da Igreja.

Há congressos sobre sinodalidade, comunicação, a missão das mulheres na Igreja… São iniciativas que visam ajudar a próxima assembleia a definir temas e situações que parecem ser urgentes e que precisam de definição.

Ao percorrermos essa jornada quaresmal e sinodal de conversão, não percamos a confiança no Espírito que está nos guiando.


María Luisa Berzosa González FI – Roma

Relacionados